



A rua onde o lote se insere apresenta uma malha urbana pouco rigorosa. O novo lote possui uma relação física, a sul, com a futura Rua do Olival e a norte com o lote urbano de que resultou o seu destaque.
A intenção de ocupação é clara prevendo-se atingir o máximo de privacidade possível. Gerada por um conteúdo programático bastante comum, um t3 distribuído por um conjunto de áreas sociais e privadas entre pátios. A casa organiza-se através pátios exteriores que vão marcando um ritmo construtivo, onde adquirem uma importância organizativa fundamental. Esta ideia de que a casa é gerada por um conjunto de vazios (pátios), confere uma disciplina de vivência privada de enorme cumplicidade.
O desenho volumétrico da proposta pretende estabelecer princípios harmoniosos com o envolvente, traduzindo-se num elemento não dominante.
A ocupação interior vivencial destaca duas realidades distintas, uma na componente social localizada na zona cozinha e sala que permite a extensão ao exterior e a permeabilidade com a piscina e uma instalação sanitária cumpridora dos requisitos regulamentares relativos à acessibilidade. A componente privada vivenciada pelas três suites com pátios privados, complementadas com uma instalação sanitária completa e closet.
As fachadas exploram a ideia de leitura cega, onde aparentemente a casa se fecha em si mesma. Beneficiando da exposição solar, a nascente e sul, a casa abre-se para o exterior a partir do interior. Mais a Norte, zona oposta à Rua do Olival, desenvolve-se toda a componente lúdica, piscina e jardim, salvaguardando o recato da esfera privada